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“Angola fez um progresso grande no combate à fome e à pobreza”

“Angola fez um progresso grande no combate à fome e à pobreza”

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A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores angolano em entrevista à Rádio ONU sobre a Agenda 2030; Georges Chikoti disse que os desafios ainda são muito grandes e citou problemas com seca e inundações no país.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, afirmou que o país “fez um progresso relativamente grande para acabar com a pobreza e eliminar a fome”.

Em entrevista à Rádio ONU, durante os debates da Assembleia Geral, Chikoti disse que, apesar dos avanços, “os desafios ainda são muito grandes” para alcançar os dos objetivos da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável.

Seca e Inundações

“Se nós olharmos para os últimos 15 anos em que Angola não só acabou com o conflito militar fez um programa grande de integração e de reinserção das populações que estavam fora do quadro de acompanhamento. Hoje, podemos dizer que conseguimos, de facto, fazer progressos. Agora, é necessário que no âmbito da política mais sustentável, nós, por exemplo, temos regiões que foram afetadas pela seca e outras por inundações. Portanto, esses são alguns dos aspetos que nunca podem ser necessariamente bem previstos num programa de governo.”

O chefe da diplomacia declarou que “Angola pretende agora criar estruturas governamentais que possam acompanhar emergências, com problemas de inundação e secas”.

Pobreza

“Quanto à questão da redução da pobreza, o governo já tem programas, seja ao nível da mulher, ao nível da juventude e ao nível geral, políticas que integram várias categorias socioprofissionais. Também já temos cada vez mais facilitado o acesso ao microcrédito de algumas comunidades e o importante, a meu ver, é também fazer com que a produção agrícola do camponês possa ser suficiente para seu próprio consumo.”

O ministro referiu que “Angola tem uma série de políticas para facilitar o acesso ao fertilizante, ao adubo, para permitir ao camponês aumentar sua produção”.

O ministro Georges Chikoti está a acompanhar o vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, durante a participação do país nos debates de líderes internacionais na Assembleia Geral.

Pouco antes da entrevista, Chikoti participou de uma reunião ministerial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, que tratou da próxima Cimeira de Chefes de Estado e Governo, marcada para 31 de outubro em Brasília.

Photo Credit
Georges Chikoti. Foto: ONU/Manuel Elias