Ban afirma que “a tragédia síria envergonha a todos”
Secretário-geral da ONU disse que “o fracasso coletivo da comunidade internacional deve assombrar cada membro do Conselho de Segurança”; a guerra no país já matou mais de 300 mil e mais da metade da população está deslocada.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse, esta quinta-feira, aos integrantes do Conselho de Segurança que “a tragédia síria envergonha a todos”.
Em reunião sobre a situação na Síria, Ban afirmou que “o fracasso coletivo da comunidade internacional deve assombrar cada membro do Conselho”.
População Deslocada
Segundo o chefe da ONU, a guerra no país matou mais de 300 mil pessoas, deixou mais da metade da população deslocada e destruiu boa parte da infraestrutura da nação.
Ele declarou que os países vizinhos estão abrigando milhões de refugiados sírios, enquanto muitos outros estão perdendo suas vidas tentando chegar à Europa.
Ban citou ainda a desestabilização de toda a região, ataques terroristas ligados à crise em realizados em várias partes do mundo e a violação flagrante das normas globais das leis humanitárias.
Destino
O secretário-geral disse que as divisões dentro da Síria estão “espelhadas” no Conselho de Segurança e essas divisões condenam o país a um “destino terrível”.
Segundo ele, o acordo de cessar-fogo entre os Estados Unidos e a Rússia, fechado em 9 de setembro, representa uma nova oportunidade.
Ban disse que o ataque ao comboio humanitário da ONU e do Crescente Vermelho da Síria, há dois dias, foi revoltante e obrigou a suspensão das operações de ajuda.
Ban falou sobre a importância do processo de transição e também de prestação de contas.
TPI
O secretário-geral afirmou que o “governo sírio tem pisado sem piedade nos direitos humanos, assim como os grupos de oposição e os terroristas, que mostram publicamente as imagens de sua crueldade”.
Ele reiterou pedido para que o Conselho de Segurança leve o caso da Síria ao Tribunal Penal Internacional, TPI.
Segundo o chefe da ONU, os membros do governo sírio que deram ordens ou foram parte da linha de comando devem ser levados à justiça.