Manifestantes e forças policiais entraram em confronto na capital Kinshasa na segunda-feira; 17 pessoas morreram; Escritório de Direitos Humanos a receber relatos sobre o uso excessivo da força.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Escritório de Direitos Humanos da ONU está muito preocupado com a nova onda de violência na República Democrática do Congo. Na segunda-feira, houve confrontos entre manifestantes e forças da polícia na capital, Kinshasa.

Segundo o Escritório da ONU, dados do governo revelam que 17 pessoas, que incluem polícias, foram mortos e um número desconhecido de pessoas apresentou ferimentos.

Detidos

Mas outras fontes estariam a indicar números muito maiores de vítimas, o que ainda está a ser verificado pelas Nações Unidas. Acredita-se que 200 pessoas foram detidas.

A violência se arrastou durante a noite em Kinshasa e os escritórios de cinco partidos políticos da oposição foram atacados e incendiados. Equipas da ONU no local afirmam que outras duas pessoas morreram e três ficaram feridas.

Apelo

A situação não se acalmou na manhã desta terça-feira, quando foram ouvidos tiros e mais confrontos. O Escritório de Direitos Humanos recebeu relatos sobre o uso excessivo da força por integrantes das forças de segurança congolesas, assim como relatos de manifestantes que agiram com violência.

A representação da ONU pede aos lados para que se contenham, além de fazer um apelo às autoridades para garantir que o uso da força seja apropriado e respeite os padrões internacionais.

É feito também um pedido por uma investigação imparcial, para que os responsáveis pelas violações de direitos humanos sejam julgados.