Moçambique reafirma compromisso com assistência a refugiados
Presidente Filipe Nyusi participa das Nações Unidas de Reunião de Alto Nível sobre respostas a uma crise sem precedentes na atualidade; chefe de Estado moçambicano fala sobre realidade histórica da migração no país.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O presidente de Moçambique discursou na manhã desta segunda-feira, em Nova Iorque, na Reunião de Alto Nível sobre Refugiados e Migrantes. Na sede das Nações Unidas, Filipe Nyusi destacou que o encontro é uma oportunidade de reflexão sobre os desafios impostos pela crise, a maior desde a 2ª Guerra Mundial.
A ONU calcula que mais de 65 milhões de pessoas precisaram abandonar suas casas nos últimos anos devido à violência ou a desastres naturais. Mais de 21 milhões estão refugiadas em outros países.
Impactos
O presidente moçambicano aproveitou a ocasião para explicar a situação de seu país.
Ao discursar em inglês, Filipe Nyusi destacou que a migração pela força de trabalho é uma realidade atual e histórica. O presidente falou sobre a importância de se reconhecer as contribuições e os impactos dos migrantes e de refugiados para o cenário social, político, económico e cultural do continente africano.
Nyusi disse que os países de África precisam implementar políticas nacionais para tratar os problemas nas fronteiras, as questões de segurança e de paz e combater o tráfico humano de migrantes.
Asilo
O presidente lembrou o histórico da migração de moçambicanos que seguem para África do Sul, Zimbábue, Suazilândia, Quénia e Tanzânia, em busca de trabalho.
Ao mesmo tempo, Filipe Nyusi destacou que Moçambique está a abrigar mais de 23 mil requerentes de asilo, a maneira encontrada pelo país para contribuir para a crise.
O presidente também falou sobre os conflitos que começaram há mais de mais de um ano entre Exército e forças do partido da oposição, a Renamo, o que levou milhares de moçambicanos a buscarem refúgio no Malauí.
Filipe Nyusi garantiu que o seu governo continua comprometido a fornecer a assistência necessária aos que buscam o repatriamento voluntário.
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