Líderes debatem na ONU situação dos refugiados e migrantes
Representantes dos 193 Estados-membros das Nações Unidas participam de conferência para encontrar uma solução para crise global; Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique estão entre os que vão discursar no evento.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Os líderes dos 193 Estados-membros da ONU participam esta segunda-feira da Conferência das Nações Unidas sobre Refugiados e Migrantes com o objetivo de solucionar a crise global de refugiados.
Essa é a primeira vez em que a Assembleia Geral da ONU convoca uma reunião com Chefes de Estado e de Governo para discutir o “grande movimento de refugiados e migrantes”.
Oportunidade Histórica
Segundo as Nações Unidas, essa é uma “oportunidade histórica para se chegar a um plano para uma resposta internacional mais apropriada”.
O momento é também “um marco” para fortalecer a governança da migração e uma oportunidade única para criar mais responsabilidade e sistemas previsíveis de resposta a grandes movimentos de refugiados e migrantes.
Em entrevista à Rádio ONU, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, falou sobre a participação do país no evento.
Drama
“O drama dos refugiados e migrantes não é alheio à nossa história. Nós somos um país cuja diversidade e riqueza resultou justamente da contribuição que as populações de origem estrangeira deram ao nosso desenvolvimento. Alguns através de migrações, mas também através de refúgio.”
Serra falou ainda sobre a questão da discriminação. Segundo ele, não será com “a construção de muros” que a comunidade internacional conseguirá resolver os problemas de xenofobia e os retrocessos nos reconhecimentos de direitos.
Petição
Na sexta-feira passada, o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, entregou ao secretário-geral da ONU e ao presidente da Assembleia Geral, uma petição de ajuda aos refugiados #WithRefugees, com 1,3 milhão de assinaturas
O documento pede aos chefes de Estado e Governo que “assegurem que todas as crianças refugiadas possam ir à escola, que todos os refugiados tenham um lugar seguro para viver e que eles possam trabalhar e contribuir para suas comunidades”.
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