Para Acnur, acesso à internet e a celular pode ser “salvação de refugiados”
Resultado consta de estudo preparado pela agência da ONU e pela empresa Accenture; refugiados afirmam que acesso a celular é vital como água, comida e abrigo.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
Um estudo preparado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados e a firma Accenture concluiu que o acesso à internet “é visto como a salvação para migrantes e refugiados” que tiveram de fugir de suas casas.
Segundo o documento, os refugiados veem o acesso a um telefone celular ou à internet como fundamental para sua segurança e essencial para a comunicação com parentes e amigos.
Importante
Muitos deles consideram o celular tão importante quanto a água, a comida e o abrigo.
O estudo Conectando Refugiados: Como a Internet e a Conectividade Móvel podem melhorar o Bem-Estar e Transformar a Ação Humanitária teve como base pesquisa realizada em 44 países.
Os custos para se ter acesso online representam, geralmente, a principal barreira. Os refugiados que vivem em áreas urbanas tendem a ter o mesmo acesso à internet e a celulares como outras populações urbanas.
Mas segundo o Acnur, a situação é muito diferente para os refugiados que vivem em áreas rurais, onde o acesso é mais difícil.
Telefones Inteligentes
O alto comissário para Refugiados, Filippo Grandi, afirmou que “no mundo atual, a conectividade com a internet e os chamados telefones inteligentes podem se tornar a salvação dos refugiados”.
Grandi disse que “acima de tudo, o acesso online pode ajudar a aumentar as oportunidades para os refugiados melhorarem suas vidas e buscarem um novo futuro”, que de outra maneira não seria possível.
O estudo recomenda investimentos em três áreas que formam a base da nova estratégia global do Acnur para conectividade para refugiados.
A agência da ONU sugere aumento das redes de sistema móveis, reduzir os custos e fornecer acesso a treinamentos, serviços e conteúdos digitais.
O documento cita que será “crítico para esse esforço o engajamento do setor privado, especialmente das companhias tecnológicas e de operadoras de redes de telefonia móvel”.