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Equipa de investigação chega a Juba para analisar casos de abuso sexual

Equipa de investigação chega a Juba para analisar casos de abuso sexual

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Meta é avaliar a violência ocorrida na capital do Sudão do Sul entre os dias 8 e 25 de julho; investigadores nomeados pelo secretário-geral da ONU irão rever relatórios sobre ataques contra civis e violência de género.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Uma equipa independente de investigação chegou esta sexta-feira à capital do Sudão do Sul, Juba, para avaliar incidentes ocorridos na cidade em julho. Os especialistas foram escolhidos pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para fazer o trabalho.

O grupo fará a análise dos casos de violência ocorridos em Juba entre os dias 8 e 25 de julho. Outro objetivo é investigar como a Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss, respondeu a esses incidentes.

Resposta

O líder da equipa é o general Patrick Cammaert, com grande experiência militar e em proteção aos civis, já que comandou as forças da ONU na Etiópia e Eritreia. O grupo fará a revisão de relatórios sobre ataques contra civis e casos de violência sexual ocorridos dentro ou nas proximidades dos sítios de proteção da ONU em Juba.

Os investigadores querem determinar se a Unmiss respondeu de forma apropriada para prevenir e acabar com esses incidentes e checar se a proteção aos civis foi a mais adequada possível.

Relatório

A missão criada pelo secretário-geral tem também a tarefa de avaliar a resposta da Missão da ONU durante o ataque contra o Hotel Terrain, ocorrido a 11 de julho. A violência em Juba ocorrida há 2 meses causou a morte de centenas de civis e foram documentados 217 casos de violência sexual e de género, a incluir estupros cometidos por gangues contra menores e mulheres.

A equipa de investigação é formada por especialistas com conhecimentos militares, policiais, de direitos humanos e violência de género. Após a visita ao Sudão do Sul, o grupo terá o prazo de um mês para apresentar um relatório ao secretário-geral.

Photo Credit
Instalações das Nações Unidas em Juba. Foto: ONU/Isaac Billy (arquivo)