“É preciso vontade política” para acordo sobre testes nucleares
Tratado de Proibição de Testes Nucleares foi assinado por 183 países, ainda não entrou em vigor; chefe da Comissão sobre o acordo, Lassina Zerbo, ressaltou que oito Nações ainda precisam ratificá-lo.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O Tratado de Proibição de Testes Nucleares, Ctbt, completa duas décadas neste ano e para o chefe da Comissão sobre o tratado, é preciso “ação e vontade política” para que ele entre em vigor.
Para Lassina Zerbo, o acordo está próximo à universalização: 183 países assinaram o tratato e 164 já o ratificaram, talvez 166 nas próximas semanas, segundo Zerbo.
Universal
O chefe da Ctbto afirmou que “isto é quase universal”, “mais de 90% da comunidade internacional dizendo não e nunca a testes nucleares”. De acordo com ele, “politicamente é uma conquista”.
No entanto, para Zerbo, esta realização “parece estar sendo ofuscada” pelo fato de que oito países restantes estariam, segundo ele, “basicamente tomando como refém a comunidade internacional por não ratificar o tratado para permitir que ele entre em vigor”.
Vontade Política
O secretário executivo do Ctbto afirmou que isto é um problema e que sào necessárias “ações e vontade política para tentar mudar a situação”.
Segundo a Comissão sobre o Tratado de Proibição de Testes Nucleares, 44 países detentores de tecnologia nuclear específica devem assinar e ratificar o acordo antes que ele entre em vigor. Destes, ainda faltam oito: China, Coreia do Norte, Egito, Estados Unidos, Índia, Irã, Israel e Paquistão.
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