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“Declaração política sobre refugiados trará série de benefícios”

“Declaração política sobre refugiados trará série de benefícios”

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Avaliação é da conselheira especial para a Conferência sobre Movimentos de Refugiados e Migrantes; Karen AbuZayd cita fornecer alternativas de abrigo e garantir que as crianças possam ir à escola.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Após cinco meses de negociações, os Estados-membros da ONU chegaram na semana passada a um consenso sobre uma declaração política em prol dos refugiados e dos migrantes.

O Centro de Notícias da ONU entrevistou a conselheira especial para a Conferência sobre Grandes Movimentos de Refugiados e Migrantes, evento de alto nível marcado para 19 de setembro.

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Karen AbuZayd acredita que a declaração trará uma série de benefícios, num período em que mais de 65 milhões de pessoas estão deslocadas, incluindo 21,3 milhões de refugiados e 3,2 milhões de requerentes de asilo.

Segundo a conselheira da ONU, o documento traz uma “série de novidades que farão uma grande diferença” na vida dos refugiados e dos migrantes. Uma das propostas é acabar com os campos de refugiados e fornecer alternativas de abrigo.

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AbuZayd citou também o acesso à escola para todas as crianças nessa situação e garantir que migrantes e refugiados tenham uma recepção melhor ao chegar nas fronteiras.

Outro ponto da declaração está ligado ao financiamento de ações em prol do grupo. Karen AbuZayd acredita que se todos os pontos do documento forem cumpridos, a população de refugiados, migrantes e deslocados internos será muito beneficiada.

Reassentamento

A conselheira também respondeu a críticas sobre o documento, ao afirmar que considera o texto forte. Segundo AbuZayd, reassentar 10% dos refugiados significaria garantir abrigo para 2 milhões de pessoas.

Ela explicou que isso seria uma tarefa “extraordinária” para os países, até em termos logísticos. Por isso o texto final da declaração prevê o reassentamento de 1.09 milhão de refugiados, número nove vezes maior do que os 135 mil reassentados no ano passado.

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Karen AbuZayd. Foto: ONU/Rick Bajornas