ONU realiza operações de busca perante tensões no Sudão do Sul
Operação de paz não encontrou armas de fogo em acampamento de civis; confrontos entre forças do exército e da oposição marcaram fim de semana; combates foram confirmados na capital e em mais três estados.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul, Unmiss, anunciou esta segunda-feira que continuam as tensões na capital, Juba. No fim de semana ocorreram confrontos entre as forças do exército e da oposição.
Os combates foram registados em várias outras áreas do país com destaque para os estados de Equatória Oriental e Ocidental e para a região de Nassir, no Alto Nilo.
Proteção
Entretanto, a missão disse ter realizado um isolamento e operações de busca num local de proteção de civis da capital, mas não foram encontradas armas de fogo.
A Unmiss lembra que a continuação do tipo de ações viola o acordo de paz de agosto do ano passado e a declaração de cessar-fogo de 11 de julho. O apelo às partes envolvidas é que “retornem às suas bases e permitam a circulação da ajuda humanitária às áreas afetadas.”
O pedido de abertura dos canais para a entrega de ajuda também foi feito ao governo pela Comissão Conjunta de Monitoria e Avaliação, que acompanha o entendimento entre as partes do conflito no Sudão do Sul.
Retorno
Uma declaração do grupo apela ao envio de uma força de internacional para garantir “a proteção dos civis, o retorno do vice-presidente Riek Machar a Juba e a retomada da implementação do acordo de paz”.
Os representantes pediram ainda que seja urgentemente garantido o “acesso pleno, seguro e livre” dos trabalhadores humanitários além da entrega de ajuda aos necessitados.
Trabalho
Em nota, o grupo condena com veemência o que chama de “obstrução contínua do trabalho de organizações internacionais no país, incluindo o da Missão da ONU no Sudão do Sul, Unmiss.”
A comissão exige que as autoridades sul-sudanesas publiquem diretrizes para a livre circulação de organizações internacionais.
A grande preocupação do grupo é com a situação prevalecente no país após os recentes confrontos armados.
Liderança
A nota destaca que “operações que têm como alvo a liderança da oposição colocam o país num “risco de violência de uma dimensão sem precedentes e devem parar imediatamente”.
Este domingo, o grupo concluiu a sua terceira reunião de alto nível em Cartum, no Sudão.
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