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Cerco em Alepo: população só tem suprimentos para mais três semanas

Cerco em Alepo: população só tem suprimentos para mais três semanas

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Enviado especial da ONU para a Síria cada vez mais preocupado com situação na cidade; Staffan de Mistura faz novo apelo aos Estados Unidos e à Rússia para chegarem a consenso sobre coordenação militar.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

As preparações para uma nova rodada de conversações sobre a Síria continuam, em meio à preocupação sobre a situação humanitária no país. Nesta quinta-feira, o enviado especial da ONU, Staffan de Mistura, declarou que a cidade de Alepo está cercada, o que faz com que a população fique cada vez mais vulnerável.

Em Genebra, o enviado explicou aos jornalistas que o impedimento da entrada de ajuda humanitária não está ocorrendo devido à falta de autorizações, mas sim devido aos confrontos que ocorrem esta semana.

Ataque

De Mistura acredita que com o cerco em Alepo, os moradores devem ter suprimentos suficientes para apenas mais três semanas. Existem relatos de uma proposta da Rússia e da Síria de ajudar as pessoas a saírem da cidade.

Por isso, o enviado da ONU fez um novo apelo aos Estados Unidos e à Rússia, para que cheguem a um consenso sobre uma coordenação militar, já que os dois países seguem em conversações sobre a Síria.

Além de Alepo, outras cidades estão sofrendo com a onda de violência, como Damasco, Daraya, Madaya e Zabdani. No nordeste do país, em Quamishli, um ataque a bomba matou dezenas de pessoas na quarta-feira.

O conflito na Síria perdura desde início de 2011, quando manifestantes pró-democracia saíram às ruas para protestar contra o governo do presidente Bashar Al-Assad.

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Staffan de Mistura. Foto: ONU/Violaine Martin