ONU quer US$ 484 milhões para mover somalis do maior acampamento do mundo
Operações incluem o regresso voluntário e a reintegração de 150 mil refugiados da área queniana de Dadaab; ações devem ocorrer até o fim de 2016; Acnur participa no plano de ação com o Quénia e a Somália.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
As Nações Unidas lançaram um apelo aos doadores por um fundo adicional de US$ 115 milhões para apoiar a situação na Somália.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, revelou esta terça-feira em Genebra, que quer financiar o regresso voluntário e a reintegração de somalis que vivem no acampamento de refugiados de Dadaab, no Quénia.
Verificação
O Governo queniano decidiu fechar o acampamento de Dadaab a 6 de maio passado. A medida levou o alto comissário da ONU, Filippo Grandi, ao Quénia para criar um plano de ação com as autoridades do país e da Somália.
Cidadãos somalis representam 95% dos 343 mil habitantes do maior acampamento do mundo. A ideia é que pelo menos 150 mil pessoas sejam transferidas de Dadaab até o fim do ano.
Em relação ao Quénia, o plano prevê transferir 31 mil somalis do acampamento de Kakuma, além de ações de verificação da população.
Com a revisão das necessidades para 2016, o novo total passa a ser de US$ 484,8 milhões. As ações programadas incluem dar apoio à resposta nas nações vizinhas afetadas pela situação somali como o Djibuti, a Etiópia, o Quénia.
Movimentação
Antes, a agência das Nações Unidas tinha pedido US$ 369,4 milhões para a situação na Somália.
Os novos valores também devem financiar projetos ligados à movimentação e infraestrutura nos territórios queniano e somali.
*Apresentação: Denise Costa.