Técnicas nucleares ajudam a melhorar produção de alimentos no Sudão
Aiea e FAO ajudam a testar plantas resistentes às alterações climáticas, que afetam milhões de pessoas; mais de de 80% dos sudaneses praticam a agricultura e vivem em áreas rurais.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Cientistas no Sudão trabalham com a Agência Internacional de Energia Atómica, Aiea, para melhorar a capacidade de resistência dos solos para produzir mais culturas alimentares.
A parceria, que usa técnicas nucleares e convencionais, envolve a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, e pretende melhorar as práticas agrícolas e gerir as pragas de insetos.
Alterações
A ideia é encontrar formas de adaptação e mitigação do impacto das alterações climáticas no país africano, onde mais de 80% das pessoas praticam a agricultura e vivem em áreas rurais.
Novas variedades de plantas são criadas pelo Centro de Pesquisa em Biotecnologia e Biossegurança para ajudar os agricultores a continuar a desenvolver culturas como sorgo, trigo e vários vegetais.
Uma das características dos produtores locais são as dificuldades crescentes nos campos e a falta de água.
Processo Natural
Com base em técnicas nucleares, os cientistas usam a radiação de sementes de plantas, estacas ou folhas para acelerar o processo natural de mutação. Depois de escolhidas as características desejadas, são desenvolvidas plantas com características específicas para as áreas.
O impacto das alterações climáticas é evidente em milhões de sudaneses numa altura em que a qualidade do solo piora e os alimentos são afetados pelo aumento de insetos com doenças.
Plantas Resistentes
As condições do tempo são cada vez mais erráticas e extremas, as chuvas e as temperaturas comprometem as reservas de água e alimentos, a sua saúde e meios de subsistência.
Nos próximos meses, a iniciativa de cooperação técnica da Aiea vai terminar os testes das variedades de plantas resistentes às alterações climáticas para depois distribuí-las aos agricultores sudaneses.
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