Identificados mais de 430 mil deslocados internos na Somália
Balanço da Organização Internacional para Migrações envolve sete distritos do país; resultado foi obtido com uso de um novo sistema de rastreio; Belet Weyne é a área com mais desalojados: 132 mil.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Com um novo sistema de rastreio, a Organização Internacional para Migrações, OIM, identificou 432 mil deslocados internos em sete distritos da Somália.
Os dados foram coletados entre abril e maio deste ano e comparados com dados de deslocados internos em acampamentos e informações de comunidades que hospedam esses civis.
Conflitos
O representante do projeto da OIM na Somália, Omar Khayre, revela que as agências humanitárias acreditavam que o total de desalojados internos fosse bem menor do que o total encontrado pelo sistema.
O especialista lembra que o país é marcado por conflitos, cheias e secas recorrentes e despejos em zonas urbanas.
Abrigos
O maior número de desalojados foi encontrado no distrito de Belet Weyen, num total de 132 mil pessoas. Por outro lado, Borama tem o menor número de deslocados internos, menos de 15 mil.
Já a maior quantidade de locais a abrigar esses desalojados está em Kismayo, com 79 áreas a receber esses civis.
Entrega de Assistência
O sistema de rastreamento da OIM está atualmente a ser utilizado em 27 países. O programa traz vários métodos para verificar e analisar de forma contínua a movimentação de pessoas em diferentes contextos de deslocamento.
Junto ao governo da Somália, a agência parceira da ONU busca reforçar o controlo de informações sobre os fluxos de deslocados internos e dessa forma melhorar a entrega de artigos de ajuda humanitária.
O método deve ainda promover esforços coordenados a todos os profissionais do sector humanitário, que estão a ajudar o governo a estabelecer um sistema de recolha e divulgação de dados sobre deslocados internos somalis.
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