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OMS reafirma que risco de propagação de zika nas Olimpíadas é baixo

OMS reafirma que risco de propagação de zika nas Olimpíadas é baixo

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Comitê de Emergência da agência da ONU se reuniu esta terça-feira e destacou que chances do vírus se espalhar para outros países após Jogos Olímpicos são pequenas; especialistas confirmam que zika causa microcefalia.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

O Comitê de Emergência sobre o Zika, da Organização Mundial da Saúde, OMS, reuniu-se esta terça-feira em Genebra. O grupo revisou informações enviadas pelo Brasil e por especialistas em doenças infecciosas, eventos de massa e bioética.

A comissão da OMS concluiu que existe um “risco muito baixo de propagação internacional do zika” após as Olimpíadas e as Paralimpíadas do Rio de Janeiro, eventos marcados para agosto.

Inverno

Os especialistas destacam que será época de inverno no Brasil e por isso, a intensidade de transmissão do vírus deverá ser “mínima”. Mas é preciso reforçar as medidas de controle do mosquito vetor, especialmente nos locais onde acontecerão as competições esportivas.

O comitê da OMS concluiu também que o “zika é a causa da microcefalia e da Síndrome de Guillain-Barré”. Como consequência, o zika e desordens congênitas e neurológicas associadas à infecção são consideradas emergência de saúde pública de preocupação internacional, o que já havia sido declarado em fevereiro.

Gravidez

Segundo os especialistas, não há nenhuma restrição de viagens ou de comércio para países ou territórios com zika, como Brasil e Cabo Verde. Mas as grávidas são aconselhadas a não irem para áreas com surto do vírus.

O comitê pede ao Brasil que continue trabalhando de forma intensa para controlar o mosquito vetor nas cidades e também em locais no Rio de Janeiro onde haverá eventos dos Jogos Olímpicos.

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Mosquitos em laboratório. Foto: FAO