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Total de desalojados no Iémen ultrapassa 2 milhões de pessoas

Total de desalojados no Iémen ultrapassa 2 milhões de pessoas

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Situação no país ainda é de fragilidade política e de segurança; enviado especial da ONU para o Iémen elogia, entretanto, anúncio de que todas as crianças prisioneiras serão libertadas.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O enviado especial das Nações Unidas para o Iémen, Ismail Cheikh Ahmed, saudou um acordo alcançado pelos lados em conflito no país, com vista a libertar todas as crianças prisioneiras.

No Kuwait, continuam as reuniões para alcançar a paz no Iémen e as Nações Unidas esperam que o mês do Ramadão ofereça a oportunidade para o fim da violência.

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Em meio à fragilidade política e de segurança, dois entre três iemenitas deslocados internos estão a viver em condições péssimas há mais de 10 meses. A maioria não tem perspectiva de voltar para casa.

Um relatório publicado esta semana pela Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e pela Organização Internacional para Migrações, OIM, revela que mais de 2 milhões de civis continuam desalojados. Outros 765 mil retornaram para suas áreas de origem, mas ainda não se reintegraram totalmente às comunidades.

Prédios Abandonados

O levantamento mostra que 25% dos deslocados internos buscaram refúgio em Taiz. Outras cidades muito procuradas são Hajjah e Sanaa. O sofrimento humano continua em meio ao conflito e falta comida, água potável e abrigo para muitas pessoas.

Muitos desalojados estão abrigados com familiares, mas 17% deles estão a dormir em escolas, prédios públicos ou abandonados e até em locais sem nenhuma proteção.

Além da violência, dois ciclones em novembro e cheias em abril deixaram milhares de iemenitas desalojados, sendo que mais de 27 mil continuam deslocados no país devido aos desastres naturais.

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O sofrimento humano continua em meio ao conflito e falta comida, água potável e abrigo para muitas pessoas. Foto: Ocha/Charlotte Cans (arquivo)