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Zeid elogia decisão da Pfizer de barrar uso de seus medicamentos em execuções

Zeid elogia decisão da Pfizer de barrar uso de seus medicamentos em execuções

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Para chefe de direitos humanos das Nações Unidas, empresas em diversas indústrias, “podem evitar que violações de direitos ocorram”.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O alto comissário da ONU para direitos humanos saudou as iniciativas anunciadas pela farmacêutica Pfizer para garantir que os medicamentos que a companhia produz não sejam usados em execuções com injeção letal.

Para Zeid Al Hussein, empresas, em diversas indústrias, “podem evitar que violações de direitos humanos ocorram”.

Pena de Morte

Em nota divulgada na quinta-feira, o chefe de direitos humanos da ONU também fez um apelo aos Estados que não recorram a fontes “questionáveis” para conseguir as drogas necessárias para injeções letais.

Ele destacou ainda que a ONU se opõe ao uso da pena de morte em todas as circunstâncias.

A Pfizer anunciou que restringiria a venda de sete produtos que têm sido parte de protocolos de injeção letal em alguns países. A revenda será restrita e entidades governamentais terão de certificar que produtos comprados não serão usados para nenhum propósito penal.

Princípios

A empresa farmacêutica afirmou que vai monitar a distribuição de forma consistente.

Zeid pediu que todas as empresas ajam de acordo com suas responsabilidades de direitos humanos, como estabelecido pelos Princípios Orientadores sobre Negócios e Direitos Humanos da ONU.

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Alto comissário para os Direitos Humanos, Zeid Al Hussein, durante a 31ª sessão do Conselho de Direitos Humanos em Genebra. Foto: ONU/Jean-Marc Ferré