Trabalhadores humanitários sem acesso a todas as áreas sitiadas na Síria
Enviado especial da ONU para Síria, Staffan de Mistura, alertou que 12 das 18 áreas sitiadas no país foram alcançadas; para ele, próximo desafio será abordar questão de pessoas sequestradas e detidas.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, alertou nesta terça-feira que a ajuda humanitária ainda não está chegando a todas as pessoas no país.
Falando a jornalistas em Viena, onde se reuniu o Grupo Internacional de Apoio à Síria, Issg, ele afirmou que, nas últimas semanas, trabalhadores humanitários tiveram acesso a 12 das 18 áreas sitiadas no país.
Explorar Opções
O enviado especial defendeu a necessidade de “explorar todas as opções dentro da segurança” para chegar às pessoas que precisam, mencionando lançamento áereo da ajuda.
O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, abordou o assunto na coletiva diária na sede da organização, em Nova York.
Próximos Desafios
Dujarric afirmou que, segundo o enviado especial, o próximo desafio será abordar a questão de pessoas sequestradas e detidas.
Staffan de Mistura mencionou ainda a necessidade de “manter o ritmo das conversas entre os sírios e enfatizou ser preciso o desenvolvimento confiável em relação à suspensão de hostilidades e uma melhoria confiável na questão humanitária”.
Determinação
Em Viena, o Grupo Internacional de Apoio à Síria reafirmou determinação para pôr um fim às hostilidades no país árabe.
O grupo inclui a ONU, a Liga Árabe, a União Europeia, a Organização de Cooperação Islâmica e mais 22 países, entre eles, Alemanha, Arábia Saudita, China, Egito, Estados Unidos, Irã, Jordânia, Reino Unido e Rússia.
No encontro, eles enfatizaram a importância do fim das hostilidades para diminuir a violência e salvar vidas.
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