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Líbia: confrontos entre militares e o Isil fazem fugir milhares de Sirte

Líbia: confrontos entre militares e o Isil fazem fugir milhares de Sirte

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Estima-se que 5,5 mil deixaram a cidade; ONU começou a prestar assistência aos vulneráveis nas áreas mais afetadas; cerca de 20 mil famílias procuram abrigo em Beni Walid.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

Milhares de famílias estão em fuga devido às operações militares contra o autoproclamado Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, na cidade líbia de Sirte.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas de Assistência Humanitária, Ocha, a área é o centro das prioridades de várias agências da ONU e de seus parceiros no país.

Auxílio

Pelo menos 1.225 famílias já deixaram a região controlada pelo grupo durante 15 dias entre os meses de março e abril. O total de agregados que saiu da cidade chega a 5,5 mil.

Os esforços de auxílio envolvem o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, o Programa Mundial de Alimentação, PMA, e a Organização Mundial da Saúde, OMS.

A Organização Internacional para Migrações, OIM,  também faz parte da parceria com várias entidades locais que avalia a localização, os números e as necessidades dos deslocados.

Militares e Milícias

Cerca de 20 mil famílias estão abrigadas na cidade de Beni Walid, situada entre Sirte e a capital Trípoli. A área acolhe a maior parte dos que abandonaram as suas casas devido às operações militares.

As dificuldades agravam e as capacidades de socorro são forçadas até ao limite mas várias famílias ainda procuram abrigo dos violentos confrontos entre forças de segurança e milícias.

De acordo com o escritório da ONU, as pessoas procuram refugiar-se em escolas, universidades, edifícios públicos e ruas.

Grupos Vulneráveis

O Ocha coordena com os conselhos locais a oferta de apoio para recolher informações, avaliar as necessidades e realizar as atividades da ONU e parceiros.

A entrega do auxílio começou com os grupos mais vulneráveis nas áreas mais afetadas. As agências das Nações Unidas fornecem comida e produtos não alimentares como artigos de saúde, higiene, educação e lazer.

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Entrega do auxílio começou com os grupos mais vulneráveis da cidade líbia. UNHCR/Helen Caux