Ministros africanos pedem mais esforços pelo fim da Sida em crianças
Nova declaração política precisa incluir metas ligadas à prevenção da transmissão do HIV entre mães e filhos; testes e tratamentos também precisam ser ampliados; 2,6 milhões de crianças têm Sida.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Ministros da Saúde de África pedem à comunidade internacional para tornar o fim da epidemia de Sida entre crianças uma prioridade global. Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Sida, Onusida, são 2,6 milhões de crianças a sofrer da epidemia no mundo. Apenas 32% tem acesso à terapia antiretroviral.
Numa reunião esta semana na Côte d’Ivoire, os ministros pediram que a Declaração Política para o Fim da Sida inclua metas para prevenir a transmissão do vírus entre mães e bebés. Outro objetivo é aumentar o acesso das crianças a testes e ao tratamento.
Mortes
O documento será adotado numa sessão de alto nível da Assembleia Geral da ONU, a decorrer entre 8 a 10 de junho. A reunião prévia no país, também conhecido como Costa do Marfim, contou com a participação de 11 ministros e autoridades de saúde de África, que abriga 90% de todas as crianças com HIV. Sem tratamento, quase metade pode morrer antes dos dois anos de idade.
O Onusida explica que prevenir novas infeções depende de garantir que todas as grávidas sejam testadas para HIV e que todas com o vírus recebam tratamento.
Progressos
A agência acredita ser possível interromper novos casos entre crianças até 2020, desde que as metas sejam alcançadas daqui a dois anos, ou seja, garantir que 95% das grávidas e das crianças com HIV recebam tratamento.
Vários progressos foram alcançados nos últimos anos, revela o Onusida: novas infeções entre crianças caíram 58% e no mesmo período, o acesso ao tratamento entre menores com HIV duplicou.
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