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Divulgadas recomendações para atletas combaterem o zika nas Olimpíadas

Divulgadas recomendações para atletas combaterem o zika nas Olimpíadas

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Organização Mundial da Saúde pede a esportistas e visitantes que forem ao Rio de Janeiro para usar repelentes e roupas que cubram o corpo; praticar sexo seguro ou se abster é outra recomendação; vírus circula por 58 países.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, reconhece que atletas que participam dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro estão buscando mais informações sobre o zika vírus.

Por isso a agência da ONU divulgou esta quinta-feira uma lista de orientações aos esportistas e a todos que irão ao Rio acompanhar as Olimpíadas e os Jogos Paralímpicos, entre 5 de agosto e 18 de setembro.

Picada

Para evitar a picada do mosquito que transmite zika, a OMS lembra a importância de usar repelente e se possível, utilizar roupas de cores claras que cubram o corpo.

Praticar sexo seguro é outra recomendação da agência, que sugere uso de preservativos ou abstenção durante a passagem pelo Brasil e por pelo menos quatro semanas após o retorno. Isso vale especialmente para as pessoas que tiverem sintomas de zika, como febre, dores nas articulações e vermelhidão na pele.

Transmissão

Escolher acomodações com ar condicionado e fechar janelas para prevenir a entrada de mosquitos são outras dicas. A OMS pede às pessoas para que evitem visitar áreas onde não há água filtrada ou saneamento adequado, porque os risco de mosquitos nesses locais é mais alto.

O Brasil é um dos 58 países e territórios onde a transmissão do vírus continua. Apesar dos mosquitos serem os principais vetores, a OMS garante que uma pessoa com zika pode transmitir a doença para outra se fizer sexo sem proteção.

Segundo a agência, muitas pessoas com zika nem chegam a desenvolver sintomas, mas existe consenso científico de que o vírus causa microcefalia em bebês nascidos de mulheres que tiveram a infecção durante a gravidez.

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Segundo a OMS, existe consenso científico de que o vírus causa microcefalia em bebês nascidos de mulheres que tiveram zika durante a gravidez. Foto: Unicef/Ueslei Marcelino
Grávidas

Já os adultos podem desenvolver a síndrome de Guillain-Barré, uma desordem neurológica rara, porém grave, que pode causar paralisia e até morte.

Grávidas são aconselhadas a evitarem viajar para áreas onde o zika circula, “incluindo o Rio de Janeiro”. Já os parceiros das grávidas que retornarem de locais com a presença do vírus precisam praticar sexo seguro ou se abster de relações durante toda a gravidez.

A OMS destaca, entretanto, que as Olimpíadas ocorrem durante o inverno no Brasil, época de menos mosquitos e por isso, o risco de picadas deverá ser menor.

A agência da ONU está fornecendo aconselhamento ao governo do Brasil, ao Comitê Olímpico Internacional, COI, e ao Comitê de Organização Rio 2016.

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Mosquitos em laboratório. Foto: FAO