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Estudo sugere que milhões podem sair do perigo em zonas áridas de África

Estudo sugere que milhões podem sair do perigo em zonas áridas de África

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Banco Mundial recomenda aos governos a criação de redes de segurança social e o investimento para diminuir dependência dos recursos naturais; casos de nações lusófonas mencionadas no estudo que prevê mais fragilidades nos próximos 15 anos.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O Banco Mundial apresentou esta terça-feira um relatório sobre as intervenções que podem aumentar a resiliência à seca, a longo prazo, no continente africano.

O estudo, intitulado "Confrontando a seca em terras áridas da África: Oportunidades para aumentar a resistência", apresenta ações para ajudar a reduzir o impacto do fenómeno em cerca de metade em zonas áridas da região.

Pobres

O resultado das medidas seriam 5 milhões de pessoas fora de perigo por ano, nas áreas que em grande parte estão entre as mais pobres de África.

O estudo, lançado em Dacar, revela entretanto que mesmo com esse otimismo grande parte da população que vive nas zonas áridas vai continuar vulnerável aos choques em 2030.

A recomendação é que os governos possam apoiar com redes de segurança social e invistam no capital humano e físico. A meta é facilitar a transição gradual para uma sobrevivência menos dependente de recursos naturais.

Crises

Cabo Verde e Moçambique são mencionados pelo Banco Mundial pelas "medidas de segurança moderadas" para melhorar as redes de segurança social durante as crises.

O estudo revela que em Angola, na Guiné-Bissau e em São Tomé e Príncipe essas intervenções são limitadas ou não existem.

Desenvolvimento

O documento envolveu governos, organizações regionais e multilaterais de desenvolvimento, institutos de pesquisa e organizações não-governamentais.

Os parceiros forneceram dados para o diálogo sobre as medidas para reduzir a vulnerabilidade e aumentar a resiliência das populações que vivem em áreas marcadas pela aridez no continente.

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*Apresentação: Michelle Alves de Lima.

Photo Credit
Relatório do Banco Mundial fala sobre as intervenções que podem aumentar a resiliência à seca, a longo prazo, no continente africano. Foto: Banco Mundial/Flore de Preneuf