ONU quer traçar novo curso para um mundo sem armas químicas
Secretário-geral fez a declaração para marcar o Dia em Memória das Vítimas de Guerra Química, este 29 de abril; Ban Ki-moon lamenta o reaparecimento desse tipo de armamento como “instrumento de guerra"
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, quer traçar um novo curso para um mundo sem a ameaça de armas químicas.
A declaração foi feita para marcar o Dia em Memória das Vítimas de Guerra Química, esta sexta-feira, 29 de abril. Foi nesta data que pela primeira vez o gás cloro foi usado durante a primeira Guerra Mundial em 1915, em Ypres, na Bélgica.
Regredir
Na mensagem, Ban afirmou que "infelizmente, esse tipo de arma está ressurgindo como instrumento de guerra".
Segundo o chefe das Nações Unidas, estão surgindo novas alegações sobre o uso de armas químicas e evidências do sofrimento que elas infligem às suas vítimas.
Para Ban, “o mundo já avançou muito para regredir e esta situação não pode virar a nova norma”.
O secretário-geral disse que é uma ocasião para que o mundo reflita sobre o terrível impacto dessas armas e de prestar homenagem a todos aqueles que sofreram.
Ele declarou que o dia é também uma oportunidade para se fazer um balanço dos esforços e encontrar um caminho para um futuro sem armas químicas.
Destruição
Ban destaca que com adesão de dois novos Estados Partes à Convenção sobre Armas Químicas, que elevou o total para 192, a destruição de agentes químicos no mundo subiu para 90%.
O secretário-geral menciona o mecanismo de investigação criado pela ONU e a Organização para a Proibição de Armas Químicas para ajudar a garantir que os responsáveis pelo uso de armas químicas na Síria sejam responsabilizados.
O chefe da ONU apelou à renovação dos esforços para livrar o mundo das armas químicas e todas as outras de destruição em massa.
Segundo ele, só trabalhando em conjunto pode ser alcançado um mundo livre de armas químicas.
*Apresentação: Edgard Júnior.