Viajantes para Angola precisam de vacina contra febre-amarela
Novo alerta foi feito esta terça-feira pela OMS; agência adverte que é preciso ter um certificado válido de imunização; cerca de 7 milhões de pessoas tomaram a vacina contra a doença na campanha lançada em fevereiro.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*
A Organização Mundial da Saúde, OMS, reiterou esta terça-feira que foram detetados casos de febre-amarela em vários países de África e da Ásia, que estão associados ao atual surto em Angola.
A "preocupação particular" expressa pela diretora geral da agência é com o risco de a doença se espalhar em grandes áreas urbanas. Margaret Chan "recomenda vigorosamente" a todos os viajantes que se deslocarem ao país que garantam que estão vacinados contra a doença e tenham um certificado válido.
Mortos
Pelo menos 258 pessoas morreram de febre-amarela em três províncias angolanas, na sua maioria na capital Luanda. Desde dezembro, foram registados 1.975 casos suspeitos e 618 confirmados.
A OMS destaca que continuam os esforços para controlar o surto de febre-amarela. Cerca de 7 milhões de pessoas já foram vacinadas na atual campanha em larga escala lançada em fevereiro.
Sintomas Graves
A febre-amarela é transmitida por mosquitos infetados, particularmente pelo Aedes aegypti. A doença hemorrágica não tem tratamento específico. Os pacientes contaminados podem desenvolver sintomas graves e cerca de metade corre o risco de morrer entre 10 a 14 dias após a infeção.
De acordo com a OMS, a única dose da vacina protege para toda a vida e é considerada segura e acessível. Ela faz efeito 10 dias depois de ser administrada.
Parceiros
A agência refere que pelo Regulamento Sanitário Internacional todos os viajantes para Angola são obrigados a tomar vacina contra a febre-amarela.
A ação da OMS e com parceiros pretende não somente apoiar a vacinação, mas ajudar a gerir a reserva global , aumentar a vigilância e reforçar o controlo do vetor.
Com os dados atuais, a agência não recomenda nenhuma restrição de viagens e do comércio e destaca que a vacinação antes de ir para as áreas afetadas e as medidas para evitar picadas de mosquito são suficientes para prevenir a doença.
*Apresentação: Laura Gelbert.
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