De Lisboa, ministro do Meio Ambiente do país afirmou que “pela primeira vez, todos os países do mundo assumiram um compromisso para combater as alterações climáticas”.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Portugal é um dos mais de 165 países que devem assinar o Acordo de Paris, na sede da ONU, em Nova Iorque, esta sexta-feira.

O documento indica medidas de combate à mudança climática, incluindo o compromisso das nações reduzirem as emissões de gases de efeito estufa e assim, evitar que a temperatura média global suba mais do que 2º Celsius.

Primeira Vez

De Lisboa, o ministro do Meio Ambiente de Portugal, João Pedro Matos Fernandes, falou à Rádio ONU sobre a assinatura do acordo.

“É da maior importância para todo mundo. Pela primeira vez, todos os países do mundo assumiram um compromisso para combater as alterações climáticas. Num processo completamente multilateral, em que cada país se comprometeu com o seu próprio esforço. É por isso que Paris é, de fato, um êxito como acordo. É um acordo que é vinculativo, que é justo, que é equitativo e a cada cinco anos serão revistos os compromissos de cada país, sempre com o objetivo de uma maior ambição.”

Mitigação e Adaptação

O ministro estará na sede da ONU na sexta para assinar o acordo. Na entrevista, ele mencionou ações relacionadas à mitigação e adaptação à mudança do clima.

“O verbo que se utilizada quando se falava das alterações climáticas era o verbo mitigar, ou seja, reduzir os gases que provocam o efeito estufa. Continua a ser da maior importância o verbo mitigar, mas passou também a juntar-se um outro verbo, adaptar. O que isso quer dizer? Que as alterações que o clima tem e as suas consequências já nos dias de hoje são suficientemente graves para que os países, e entre eles Portugal, se tenham que adaptar, isto é, tenham que saber viver com aquilo que já são as mudanças provocadas pelo clima.”

Costa

Segundo João Pedro Matos Fernandes, o litoral português é uma das áreas da Europa que está mais sujeita às consequências das alterações climáticas.

O ministro também falou em desafios relacionados às zonas inundáveis e ressaltou a questão da poluição de origem difusa, ou seja, transportes, edifícios e a agricultura.

Entre as ações de Portugal, o ministro citou o desenvolvimento do transporte coletivo, a mobilidade elétrica e a eficiência energética dos edifícios.