Relatora cita "momento marcante" após libertação de prisioneiros no Mianmar
Especialista de direitos humanos no país elogia compromisso de Aung San Suu Kyi sobre a libertação de mais presos políticos; na sexta-feira, pelo menos 69 estudantes foram soltos.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
A relatora especial da ONU sobre os direitos humanos no Mianmar, Yanghee Lee, saudou a recente libertação de presos políticos no país como momento verdadeiramente marcante para o país.
Na sexta-feira, as autoridades do país anunciaram a libertação de pelo menos 69 estudantes que aguardavam julgamento. Eles foram presos no ano passado durante uma marcha na área central de Tharrawaddy.
Reforço
A especialista também elogiou o compromisso da conselheira de Estado, Aung San Suu Kyi, sobre a libertação de mais presos políticos. Lee disse tratar-se de um passo fundamental para o reforço da transição democrática e da reconciliação nacional.
A relatora disse ter sido particularmente tocada com cenas de alegria em todo o país. Ela mencionou a libertação e a possibilidade de reunião das famílias com pessoas que "nunca deveriam ter sido presas por exercer os seus direitos fundamentais à liberdade de expressão, de reunião e de associação".
Mudanças
Yanghee Lee lembrou declarações de um prisioneiro político quando visitou uma prisão de Insein, no ano passado, ao destacar que o grupo de homens e mulheres quer "ajudar a trazer mudanças mais positivas para Myanmar".
Para a relatora, os recém-libertados podem ter a parte que lhes cabe na contínua transformação do país.
Casos Especiais
A relatora disse esperar o progresso rápido e real em torno da alteração de mais de 140 leis por uma comissão que avaliou questões legais e casos especiais. Para ela, essa medida é essencial para garantir que não haja mais presos políticos.
A expectativa de Yanghee Lee é que ninguém possa enfrentar acusações pelo exercício dos seus direitos básicos no Mianmar.