Insegurança alimentar se espalhou, cólera ainda afeta a população e país enfrenta problemas de migração com a República Dominicana; apelo anunciado pelas Nações Unidas prevê ajuda a 1,3 milhão de haitianos.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

As Nações Unidas e parceiros estão buscando quase US$ 200 milhões para fornecer assistência a 1,3 milhão de haitianos em 2016. O apelo humanitário de US$ 193.8 milhões busca garantir que as pessoas vulneráveis tenham proteção e acesso a serviços básicos.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, afirma que a situação no Haiti piorou. Os casos de cólera persistem e o país enfrenta problemas com a República Dominicana, que deportou vários haitianos.

Seca

A desvalorização da moeda nacional e as altas taxas de inflação causaram aumento no preço de medicamentos e de comida, contribuindo para uma maior insegurança alimentar.

Mais de 60% da população haitiana vive na pobreza. A seca influenciada pelo El Niño gerou perdas de 50% das colheitas. O Ocha explica que o clima seco tem prevalecido desde o início da principal temporada de colheitas, em fevereiro, e não deve haver uma boa safra até julho.

Desnutrição

Um terço da população não tem comida suficiente. São 130 mil crianças sofrendo com desnutrição e 1,5 milhão de adultos que precisam urgente de assistência para obter alimentos.

Além dessa “convergência de fatores de risco”, o Ocha lembra que 62 mil haitianos continuam morando em acampamentos desde o terremoto de 2010.

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