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Guiné-Bissau prepara-se para encontro de alto nível sobre o HIV/Sida

Guiné-Bissau prepara-se para encontro de alto nível sobre o HIV/Sida

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Chefe do Onusida para a região fala de necessidade muito especial na África Ocidental; representante esteve na região oriental de Bafatá que regista o maior índice de seroprevalência do país.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

O diretor do Programa Conjunto da ONU sobre o HIV/Sida, Onusida, para a África Ocidental e Central participa esta sexta-feira no encerramento da 17ª Assembleia dos Ministros de Saúde em Bissau.

Antes da reunião da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao, Djibril Diallo defendeu o apoio às autoridades guineenses para a preparação do encontro de alto nível em Nova Iorque.

Seroprevalência

Na quarta-feira, Djibril Diallo tomou contacto com a situação do HIV na região de Bafatá, que tem o maior índice de seroprevalência do país.

Na região, o também conselheiro sénior do diretor executivo do Onusida entregou ao Ministério da Saúde fichas de dados de pacientes e um guia integrado de tratamento de pessoas infetadas. Diallo mencionou ações de não devem ficar para trás.

Estratégia Nacional

“Os equipamentos vão dar dados claros para elaborar estratégia de combate, da resposta ao HIV/Sida não só em Bissau e Bafatá, mas a nível nacional porque para ter uma estratégia nacional o ponto mais importante é ter dados credíveis que serão aceites pela comunidade internacional”.

Na reunião internacional sobre a epidemia, a decorrer de 8 a 10 de junho na sede das Nações Unidas, a Guiné-Bissau deverá ser representada pela ministra da Saúde Pública.

A delegação guineense vai incluir a sociedade civil e ativista de luta contra a sida.

Contactos

No país, Diallo manteve encontros de trabalho com o pessoal do sistema das Nações Unidas, autoridades nacionais, sociedade civil e pessoas que vivem com HIV no âmbito da preparação do encontro de alto nível.

Djibril Diallo fez o ponto da situação da epidemia na África Ocidental.

Esforço Especial

“A situação de HIV a nível da África Ocidental é diferente de outras regiões da África. A zona mais crítica é a África Austral. O nosso esforço enquanto Onusida é não esquecer a África de oeste. Para pôr fim ao HIV até 2030 temos que ter um esforço muito especial nesta região”.

Esta quinta-feira, o responsável encontrou-se com o presidente da República, José Mário Vaz, e o ministro da Presidência do Conselho de Ministros, Malal Sané.

*Apresentação: Amatijane Candé.

Photo Credit
Combate à Aids. Foto: ONU