Opinião é do alto representante das Nações Unidas para Assuntos sobre o Desarmamento; Kim Won-soo abriu sessão 2016 da comissão e afirmou que diálogo é essencial para o alcance de um mundo livre de armas nucleares.

Leda Letra, da Ráido ONU em Nova York.

A Comissão sobre o Desarmamento da ONU promoveu nesta segunda-feira a sua primeira sessão do ano, com o presidente do órgão falando sobre um “período de paralisia e de divisões” entre organismos multilaterais de desarmamento.

Kim Won-soo afirmou que existe “uma grande lacuna” sobre desarmamento nuclear e não-proliferação. Segundo ele, nos últimos 11 meses, as visões tornaram-se mais “polarizadas”. Os trabalhos para a elaboração de medidas legais sobre o desarmamento nuclear serão retomados no próximo mês, em Genebra.

Visão Comum

O presidente da comissão encoraja os países a buscarem o diálogo construtivo, medida essencial, segundo ele, para que seja retomada uma visão comum para se alcançar um  mundo livre de armas nucleares.

Kim Won-soo afirmou que “o rápido surgimento de novas tendências e tecnologias complicam relações estratégicas e estabilidade”, como o desenvolvimento “de avançados tipos de armas estratégicas”.

Ele citou também o crescente nexo entre terrorismo, armas de destruição em massa e ameaças cibernéticas.

Armas Leves

O presidente do órgão mencionou progressos alcançados pela ONU, ligados à segurança do espaço. Ele espera que essa questão possa ser incluída na agenda de assuntos da alçada da comissão, que atualmente trata de armas convencionais e de destruição em massa.

Kim Won-soo  listou “importantes progressos” da Comissão sobre o Desarmamento, como regulamentação do comércio internacional de armas, combate ao tráfico de armas leves e combate à ameaça imposta pelos explosivos improvisados.