Em carta ao primeiro-ministro grego, Christine Lagarde responde a alegações de que órgão sairia do plano de resgate financeiro; diretora-gerente diz que FMI não se comunica por meio de “documentos vazados”.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, FMI, enviou esta segunda-feira uma carta ao primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras. No documento, Christine Lagarde apresenta a posição do órgão em relação às negociações com a Grécia.

Para a chefe do FMI, ainda falta muito para se alcançar um “programa coerente”. Lagarde ressaltou que o FMI só “pode apoiar um projeto credível, baseado em hipóteses realistas, que coloque a Grécia num caminho de crescimento robusto e de recuperação gradual do crédito”.

Vazamento

A diretora-gerente afirmou não fazer o menor sentido as especulações de que o FMI estaria considerando sair do plano de resgate financeiro. Christine Lagarde se refere aos documentos vazados durante o fim de semana.

Na carta ao primeiro-ministro grego, ela lembra que as negociações precisam ser agilizadas e baseadas na confiança mútua. Segundo a chefe do FMI, o incidente do fim de semana a deixou preocupada sobre a possibilidade de se alcançar progressos “num clima de extrema sensibilidade”.

Transparência

Lagarde decidiu enviar uma equipe do FMI à Atenas e pede a Tsipras para garantir um ambiente que respeite a privacidade das discussões, além da segurança dos funcionários do órgão.

A diretora-gerente foi clara: “o FMI conduz suas negociações em boa-fé, não por meio de ameaças nem por documentos vazados”. Para ampliar a transparência do diálogo com o primeiro-ministro grego, Christine Lagarde decidiu publicar no site do órgão a íntegra da carta.

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