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Agência lança alerta público sobre condições de refugiados na Grécia

Agência lança alerta público sobre condições de refugiados na Grécia

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A preocupação é com civis que estão instalados em centros de detenção, dias antes de um acordo entre União Europeia e Turquia entrar em vigor; são mais de 50 mil refugiados e migrantes na Grécia sem poder seguir para outros países.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Aumenta a preocupação da agência da ONU para Refugiados, Acnur, sobre as condições dos migrantes na Grécia, inclusive os que estão instalados em centros de detenção.

O acordo entre União Europeia e Turquia deve ser colocado em prática a partir de segunda-feira. Migrantes que chegam à Grécia sem pedir asilo ou os que tiverem o pedido rejeitado serão enviados de volta à Turquia.

Confrontos

Segundo o Acnur, já foram relatados confrontos na ilha de Chios, enquanto em Lesbos, as pessoas estão dormindo ao relento e a distribuição de comida é insuficiente.

A porta-voz da agência da ONU, Melissa Fleming, explicou que “ninguém está passando fome ou morrendo de frio”, mas as condições não estão de acordo com os padrões que o Acnur considera essenciais.

Mudança

Fleming afirmou que a agência está fazendo esse alerta público na esperança de mudança rápida da situação dos 50 mil refugiados e migrantes emperrados na Grécia. As fronteiras do norte que levam para outros países da Europa estão fechadas.

Cerca de 5 mil pessoas estão nas ilhas gregas, instaladas em centros de detenção, esperando uma decisão sobre a possível deportação ou não, dependendo do acordo entre União Europeia e Turquia.

Desde o começo do ano, 169 mil migrantes e refugiados chegaram a vários países da Europa, número oito vezes maior do que os registrados nos três primeiros meses de 2015. No período, 620 pessoas morreram. Os dados são da Organização Internacional para Migrações, OIM.

Photo Credit
Refugiados desembarcam em Lesbos. Foto: Acnur/Achilleas Zavallis