Surto do ébola não é mais emergência de saúde de preocupação internacional
Chefe da Organização Mundial da Saúde, OMS, convocou reunião do Comité sobre o surto da doença em África Ocidental; representantes da Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa participaram no evento.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Comité de Emergência convocado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, sobre o surto de ébola na África Ocidental concluiu que a doença na região não é mais uma emergência de saúde pública de preocupação internacional.
A reunião realizada por teleconferência, na terça-feira, determinou o encerramento das recomendações temporárias adotadas em resposta ao surto.
Baixo Risco
O Comité forneceu a sua visão de que a transmissão do ébola em África Ocidental “não mais constitui um evento extraordinário, que o risco de propagação é agora baixo e que os países atualmente têm a capacidade de responder rápido a novas emergências com vírus”.
Representantes da Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa apresentaram a situação epidemiológica, o trabalho para evitar o ressurgimento do ébola e a capacidade de detetar e responder rapidamente a quaisquer novos focos de casos.
Sem Transmissão
O Comité notou que desde sua última reunião, todos os três países alcançaram o critério para confirmar a interrupção das suas cadeias originais de transmissão do vírus.
As três nações completaram o período de 42 dias de observação e os 90 dias adicionais de vigilância reforçada desde que o último caso ligado à cadeia original de transmissão testou negativo duas vezes. A Guiné Conacri alcançou o marco a 27 de março de 2016.
Novos Casos
O grupo observou que, como era esperado, novos casos de ébola continuam a ocorrer devido à reintrodução do vírus, mas com frequência decrescente.
Doze focos foram detetados até o momento, o mais recente dos quais relatado a 17 de março, na Guiné Conacri.
Segundo a OMS, o Comité ficou impressionado porque, até o momento, a deteção e a resposta a todos estes focos foram rápidas, a limitar a transmissão.
O grupo reforçou, no entanto, a importância dos países manterem a capacidade e prontidão de prevenir, detetar e responder a quaisquer novos casos atualmente ou no futuro.
Viagens
O Comité enfatizou que não deve haver restrições sobre viagens e comércio com a Guiné Conacri, Libéria e Serra Leoa.
O grupo também ressaltou a necessidade fundamental de contínuo apoio internacional para prevenir, detetar e responder rapidamente a qualquer novo surto de ébola em África Ocidental.
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