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Mauritânia assume compromisso de acabar com escravidão moderna

Mauritânia assume compromisso de acabar com escravidão moderna

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País é o segundo em África a formalmente implementar protocolo da Organização Internacional do Trabalho, OIT, sobre o tema; agência calcula que 21 milhões de pessoas sejam vítimas de trabalho forçado em todo o mundo.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

A Mauritânia ratificou o Protocolo de 2014 à Convenção sobre Trabalho Forçado, fortalecendo o movimento global contra o trabalho forçado em todas as suas formas, incluindo tráfico humano.

O país segue o Níger, a Noruega e o Reino Unido como um dos primeiros Estados a formalmente comprometer-se a implementar o documento. A Mauritânia fica a ser o segundo país africano a validar o protocolo.

Proteção às Vítimas

O documento foi adotado há dois anos e complementa a Convenção 29 de 1930, exigindo aos Estados que tomem medidas eficazes para a prevenção e proteção das vítimas. Outro ponto é garantir o seu acesso à justiça e compensação. 

Trabalho Forçado

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, calcula que 21 milhões de pessoas sejam vítimas de trabalho forçado em todo o mundo, a gerar cerca de US$ 150 mil milhões em lucros ilícitos todos os anos.

Segundo a agência da ONU, as vítimas são exploradas nos campos da agricultura, pesca, trabalho doméstico, construção, indústria, mineração, entre outras atividades económicas.

A OIT ressalta ainda que o trabalho forçado toma muitas formas, como a exploração sexual, a escravidão por dívida e o tráfico humano.

África

O diretor regional da OIT em África, Aeneas Chapinga Chuma, saudou as ações da Mauritânia para combater práticas análogas à escravidão. Segundo o representante, a “ratificação da Convenção da OIT é um primeiro passo concreto para colocar em prática a plataforma legal para proteger às pessoas do flagelo da exploração e trabalho forçado”.

*Apresentação: Denise Costa.

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A OIT calcula que 21 milhões de pessoas sejam vítimas de trabalho forçado em todo o mundo. Foto: OIT