Declaração é do comandante da força, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; em entrevista à Rádio ONU, ele falou que exército participa da resposta ao surto “no contexto de que hoje a Força Armada não se preocupa somente com a defesa da nação”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Enquanto for necessário, o exército brasileiro permanecerá “empenhado no combate ao zika vírus”. A declaração foi dada, nesta sexta-feira, à Rádio ONU pelo comandante da força, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.
“O exército participa no contexto de que hoje a Força Armada, tendência é mundial, não se preocupa somente com a defesa da nação. Ela tem que atender a todas as demandas que a sociedade impõe. E hoje uma das demandas mais urgentes e mais graves é exatamente o combate a esse flagelo que atende a toda a sociedade brasileira. E vamos seguir, enquanto for necessário o exército estará totalmente empenhado nisso”.
Mutirão
O general Villas Bôas afirmou que desde novembro do ano passado, o exército estava combatendo o mosquito. Na ocasião, a preocupação maior era com a dengue.
“Este ano já participamos dos mutirões de divulgação de conhecimento e seguimos intensamente com o nosso pessoal fazendo o trabalho de aplicação de larvicidas e de descontaminação de locais de proliferação”.
Água
Já o relator especial da ONU sobre os direitos humanos para água potável e saneamento, Léo Heller, afirmou que a melhor resposta para combater o zika vírus é através de um aprimoramento dos serviços de água e saneamento.
Também nesta sexta-feira, o professor Heller disse que "enquanto o mundo busca soluções de alta tecnologia para combater o vírus, não se pode esquecer do péssimo estado do acesso à água e ao saneamento pela população mais pobre".
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