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Banco Mundial ajuda a reduzir desperdício de alimentos em Pernambuco

Banco Mundial ajuda a reduzir desperdício de alimentos em Pernambuco

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Agricultores vão produzir até 12 toneladas de polpas de frutas por ano; projeto começou em 2007 e atualmente rende cerca de um salário mínimo para os 16 trabalhadores envolvidos na iniciativa.

Mariana Ceratti, do Banco Mundial em Brasília para a Rádio ONU.

O Banco Mundial apoia uma iniciativa que vai ajudar a diminuir o desperdício de alimentos no interior de Pernambuco. O programa Prorural, uma parceria com o governo do estado, apoiou a construção de uma agroindústria de polpas de frutas.

A pequena indústria fica em Flores e tem capacidade de produzir até 12 toneladas de polpa por ano. Ela será operada por um grupo de 14 mulheres e dois homens, todos da Associação de Mulheres Agricultoras do Saco dos Henriques.

Frutas

O trabalho com as polpas começou em 2007 e hoje rende entre meio salário e um salário mínimo por mês. O valor do produto beneficiado chega a ser oito vezes maior que o da fruta in natura, segundo a presidente da associação, Ivanilda Barbosa. Ela conta que o grupo buscava diminuir o desperdício de frutas e agregar valor aos produtos para ter uma nova fonte de recursos.

“As frutas que tínhamos aqui eram desperdiçadas e ficavam no roçado sem benefício nenhum, só adubando a terra, mas pensávamos que poderíamos ganhar alguma renda com elas. Começamos a fabricar polpas de frutas artesanalmente.”

Merenda Escolar

No começo, o grupo usava liquidificadores e freezers caseiros. Com os novos equipamentos, será possível aumentar a produção de polpa e guardar mais frutas, por mais tempo, após a safra. Foi uma solução simples e local para um problema global: um terço de toda a comida produzida no mundo é jogada fora a cada ano.

As frutas são cultivadas pelos próprios associados ou compradas de associações próximas. Cerca de 90% das polpas de goiaba, umbu, acerola, manga e caju são vendidas para o Programa Nacional de Merenda Escolar.

Com a ajuda do Banco Mundial, o grupo agora sonha conquistar cada vez mais compradores no setor privado.

Photo Credit
Ivanilda Barbosa (direita) na agroindustria de producao de polpas de frutas. Foto: Banco Mundial