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Dificuldades económicas aprofundam-se no Zimbabué em 2016

Dificuldades económicas aprofundam-se no Zimbabué em 2016

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FMI recomenda melhoramento na disciplina fiscal e no envolvimento do país com a comunidade internacional; fatores negativos incluem El Niño, queda dos preços das matérias-primas e valorização do dólar norte-americano.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Fundo Monetário Internacional, FMI, revelou que as dificuldades económicas aprofundam-se no Zimbabué este ano.

Esta sexta-feira, uma missão do órgão encerra as suas atividades no país. O chefe do grupo, Domenico Fanizza, disse que as autoridades de Harare "não podem esperar e precisam agir agora."

El Niño, Matérias-primas e Dólar

O especialista revelou que o principal fator é a seca provocada pelo fenómeno climático El Niño, que "atingiu duramente a economia". As dificuldades foram agravadas pela queda dos preços das matérias-primas e a valorização do dólar norte-americano.

O FMI considera necessária "ação política para inverter a tendência". Fanizza  disse que o país cumpriu todos os seus objetivos no âmbito de um programa de monitorização de fundos.

Comunidade Internacional

Como prioridade, o órgão recomenda melhorias na disciplina fiscal e que as autoridades zimbabueanas voltem a envolver-se com a comunidade internacional.

Em 2008, o país registou uma profunda recessão que reduziu o seu Produto Interno Bruto quase pela metade e provocou um êxodo de centenas de milhares de pessoas em busca de trabalho no exterior. O desemprego formal está acima de 85%.

O FMI prevê que a economia zimbabueana cresça 1,4% este ano, após o avanço de 1,1% registado no ano passado. A expansão deverá chegar a 5,6% em 2017.

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Sede do FMI em Washington. Foto: FMI.