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Acnur anuncia plano para resolver crise de refugiados na Europa

Acnur anuncia plano para resolver crise de refugiados na Europa

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Chefe da agência da ONU afirmou que “fracasso coletivo do continente para implementar medidas levou a uma escalada do problema”; Filippo Grandi pediu forte liderança e visão dos países da região.

Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.

O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, anunciou esta sexta-feira um plano com seis medidas para resolver a crise de refugiados na Europa.

Grandi pediu forte liderança e visão dos países para lidar como o problema, que segundo ele “é tanto uma crise de solidariedade como é de refugiados”.

Realojamento

O primeiro ponto do plano do chefe do Acnur determina a implementação de um processo para avaliar as áreas que mais recebem pessoas e também para o realojamento de refugiados da Grécia e da Itália para outras nações.

O documento pede mais apoio à Grécia para lidar com a emergência humanitária e assegurar o cumprimento das leis europeias de asilo.

A proposta quer também a implementação de programas que tornem a passagem dos refugiados pela Europa mais segura, como por exemplo programas de admissão humanitária, reunião familiar, bolsa para estudantes e de trabalho.

Com isso, os migrantes e refugiados não vão precisar recorrer a contrabandistas e traficantes para atravessar o continente.

Proteção de Crianças

O plano pede a criação de sistemas de proteção para crianças que viajam sozinhas ou foram separadas de suas famílias, como também medidas para evitar e responder a qualquer tipo de violência sexual.

Ainda na lista estão a melhora das operações de busca e resgate no mar, combate às redes de contrabando e contra os sentimentos de xenofobia e racismo.

Por último, o plano de Filippo Grandi pede a implementação de sistemas que protejam as pessoas que buscam asilo, incluindo a criação de centros de registros nos principais países de chegada.

A ideia é criar um sistema de pedidos de asilo para que as pessoas sejam distribuídas igualmente pelos países da União Europeia.

O Acnur afirmou que a situação no continente está piorando rapidamente com cerca de 30 mil pessoas agora na Grécia, um terço delas está na cidade de Idomeni, perto da fronteira com a Macedônia.

Photo Credit
Filippo Grandi. Foto: ONU/Amanda Voisard