Líderes das duas organizações pedem envolvimento sério nas negociações para que cessem as hostilidades; mais de 90 mil pessoas foram deslocadas pela violência em seis semanas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Um comunicado conjunto da presidente da Comissão da União Africana e do secretário-geral das Nações Unidas manifesta "profunda preocupação" com o agravamento dos confrontos na região sudanesa de Darfur.

Esta quinta-feira, Nkosazana Dlamini-Zuma e Ban Ki-moon mencionaram as mais de 90 mil pessoas que foram deslocadas devido ao surto de violência iniciado há seis semanas em Darfur Norte.

Conflito

Os combates envolvem o Governo do Sudão e o Exército de Libertação do Sudão/Abdul Wahid na área de Jebel Marra. No total, cerca de 2,6 milhões já foram deslocadas nos 13 anos de conflito na região sudanesa.

Relatos não confirmados indicam a existência de um "número significativo" de deslocados em Darfur Central. A nota frisa que agências humanitárias não têm sido capazes de verificar as informações devido a restrições de acesso.

O apelo é que as partes do conflito cooperem totalmente com a Missão da ONU e da União Africana em Darfur, Unamid.

Assistência à População

O objetivo é que seja facilitada a liberdade de movimento, incluindo a de agências humanitárias nos seus esforços para proteger e prestar assistência à população civil afetada pelos combates.

A ONU e a União Africana destacam que não há solução militar para o conflito em Darfur, e pedem a todas as partes que se envolvam com seriedade nas negociações para o fim das hostilidades que levem a uma resolução pacífica do conflito.

*Apresentação: Laura Gelbert.