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Ban condena ataque no Iêmen que matou pelo menos 32 pessoas

Ban condena ataque no Iêmen que matou pelo menos 32 pessoas

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Secretário-geral da ONU quer investigação imediata da ação aérea ocorrida no sábado em Sanaa, a capital; ele afirmou que 41 pessoas que estavam no mercado de Khaleq, local do ataque, ficaram feridas.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu uma investigação rápida e imparcial de um "aparente ataque aéreo" que atingiu o mercado de Khaleq em Sanaa, capital do Iêmen, neste sábado. Pelo menos 32 pessoas morreram.

Ban disse que cerca de 41 pessoas também ficaram feridas na ação, que segundo ele, registrou um dos maiores números de mortos “num único bombardeio", desde setembro de 2015.

Condolências

Agências de notícias informaram que não se sabe ainda quem foi o responsável pelo ataque, mas mencionam acusações feitas pelos rebeldes Houthis que responsabilizam a coligação liderada pela Arábia Saudita, que apoia o governo.

Calcula-se que 6 mil pessoas tenham morrido no conflito iemenita desde o início da ofensiva contra os insurgentes em março de 2015.

Ban Ki-moon disse que está preocupado com os contínuos e intensos ataques aéreos e os combates na região apesar dos seus repetidos apelos para a suspenção das hostilidades.

O chefe da ONU condenou com veemência o ato e expressou condolências às famílias das vítimas.

Respeito

Ban lembrou às partes envolvidas no conflito que é preciso respeitar as leis internacionais humanitárias e de direitos humanos que proíbem ataques a civis e em áreas não militares.

O secretário-geral destaca que tais ataques são considerados "graves violações do direito humanitário internacional".

Ban reiterou apelo a todas as partes em conflito que se reúnam de boa-fé com o enviado especial da ONU, para que cheguem a um acordo de cessação das hostilidades o mais rápido possível e convoquem uma nova rodada de negociações de paz.

*Apresentação: Edgard Júnior.

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Photo Credit
Edifícios destruídos por bombardeamentos aéreos em Sanaa, capital do Iêmen. Foto: Ocha/Charlotte Cans