Visita ao nordeste foi realizada após ataques que mataram dezenas em acampamento de desalojados; Volker Turk  sublinhou que é preciso um retorno organizado em áreas controladas pelo governo.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados, Acnur, apelou ao governo nigeriano a aproveitar a experiência de repatriamento voluntário e a colaborar com a agência para garantir o bem-estar dos deslocados.

O chefe-adjunto do Acnur instou as autoridades de Abuja a prestar atenção às preocupações dos desalojados no nordeste.

Países Vizinhos

Volker Turk visitou a área onde 5 milhões de pessoas são afetadas pela insurgência. Cerca de 2,2 milhões são deslocados internos além de mais de 180 mil cidadãos que fugiram para os países vizinhos.

No início de fevereiro, pelo menos 50 pessoas morreram após um ataque de bombistas suicidas a um acampamento de Dikwa em Borno. Mais de 50 mil pessoas vivem no local do estado mais atingido pelas milícias Boko Haram.

Turk disse que "tudo o que é necessário é ouvir aos desalojados, as suas aspirações e o seu sentido de dignidade e segurança".

A visita foi realizada no fim de semana na cidade de Maiduguri, onde o responsável falou da necessidade de garantir um retorno organizado em áreas sob controlo do governo, apesar de ainda consideradas arriscadas.

Desafios

De acordo com a ONU, vários deslocados internos deixaram cidades e vilas praticamente arrasadas nos últimos dois anos do conflito em Borno. Há também falta de infraestrutura, de serviços básicos e de segurança.

O representante do Acnur manteve um encontro com o vice-presidente da Nigéria, Yemi Osinbajo, e discutiu os desafios e as áreas de cooperação com parceiros do governo.

Turk encorajou as autoridades e as organizações da sociedade civil para assumirem a liderança da resposta ao deslocamento forçado, tendo prometido apoio contínuo do Acnur como parte da comunidade internacional.

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