ONU presta homenagem a Boutros Boutros-Ghali
Ex-secretário-geral morreu em 16 de fevereiro, aos 93 anos; egípcio ocupou o mais alto posto das Nações Unidas, em 1992; na Assembleia Geral, atual chefe da ONU, Ban Ki-moon, declarou que Boutros-Ghali teve a “sorte e o infortúnio de servir como o 1º secretário-geral após a guerra fria”.
Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
Uma cerimônia na Assembleia Geral da ONU nesta quinta-feira presta homenagem ao ex-secretário-geral da organização, Boutros Boutros-Ghali, morto em 16 de fevereiro, aos 93 anos.
No evento, o atual chefe da ONU, Ban Ki-moon, declarou que Boutros-Ghali teve tanto a “sorte quanto o infortúnio de servir como o 1º secretário-geral após a guerra fria”.
Guerra Fria
Ban afirmou que “embora as Nações Unidas nunca tenham ficado tão paralisadas durante a Guerra Fria como muitos têm retratado, a nova dinâmica deu à organização uma nova margem de manobra para agir”.
Segundo ele, isso trouxe “promessas e perigo e Boutros-Ghali experimentou ambos”.
Em seu primeiro mês no posto, o ex-secretário-geral presidiu a primeira Cúpula do Conselho de Segurança.
Operações de Paz
Ban destacou ainda que “Boutros-Ghali supervisionou um crescimento notável na manutenção da paz”.
Durante seu período no posto, operações das tropas de paz ajudaram países como Moçambique, Camboja e El Salvador a saírem de situações de conflito.
Ao mesmo tempo, Ban ressaltou, “envolvimentos nos Balcãs, na Somália e em Ruanda destacaram a lacuna entre as necessidades de uma situação específica e a união política exigida dos Estados-membros, particularmente o Conselho de Segurança”.
O secretário-geral disse ainda que seu antecessor buscou “grandes esforços de reestruturação, reforma e outros passos que fortaleceram as Nações Unidas”. Ele declarou ainda que, “em uma época turbulenta, Boutros-Ghali ajudou a ONU a achar seu lugar em uma “nova paisagem global”.
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