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Pnud visualiza o fim da malária em São Tomé e Príncipe

Pnud visualiza o fim da malária em São Tomé e Príncipe

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Novo acordo financeiro entre agência da ONU e governo tem em vista ajudar a população com maior risco de contrair a doença; US$ 6 milhões serão usados para detectar casos e ampliar o acesso à prevenção do mosquito.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.*

Um novo acordo de financiamento entre o Fundo Global e o Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, tem em vista proteger a população de São Tomé e Príncipe de contrair a malária.

O Pnud acredita inclusive que o valor ajudará a eliminar a doença do país. Os US$ 6 milhões serão usados para aumentar a deteção de casos de malária e ampliar o acesso a medidas de prevenção.

Novos Casos

A agência da ONU cita alguns dos métodos: redes mosquiteiras tratadas com inseticidas e pulverizadores para as casas. O valor também servirá para o tratamento de novos casos, além do reforço do sistema de vigilância nacional.

O Pnud explica que essas ações precisam estar em prática quando São Tomé e Príncipe entrar na fase final de eliminação da malária. Na última década, o país, a agência e o Fundo Global fizeram muitos progressos para controlar a doença.

Redução

Em janeiro, São Tomé e Príncipe recebeu pela terceira vez o Prémio de Excelência da Aliança de Líderes Africanos contra a Malária. A nação conseguiu reverter a incidência da malária, como previsto nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.

O país tem uma população de 187 mil de habitantes. Os caso de malária caíram de 33.8 entre mil pessoas para 9.7 entre  mil habitantes, isso entre 2009 e 2014. No mesmo ano, não foi registada nenhuma morte relacionada à doença.

Custo Económico

A ilha de Príncipe já entrou na fase de pré-eliminação, enquanto São Tomé está com baixos índices de transmissão. O financiamento ajudará a reduzir o total de novos casos para menos de cinco a cada mil habitantes em São Tomé e para menos de 1 entre mil em Príncipe.

Mulheres e crianças menores de cinco anos de idade serão as principais beneficiadas, porque são as que mais tem risco de contrair a malária. Além dos efeitos na saúde, a doença também tem impacto no desenvolvimento de um país.

O Pnud explica que em África, os casos de malária e de mortes relacionadas custam US$ 12 mil milhões por ano. Pelas últimas estimativas da OMS, houve 214 milhões de novos casos de malária no ano passado, sendo que 88% registados no continente africano.

*Apresentação: Denise Costa.

Photo Credit
Segundo a OMS, repelentes e redes mosquiteiras são “melhores medidas de prevenção” à picada do mosquito. Foto: Banco Mundial/Arne Hoel