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Meninas abordam educação e violência em evento anual feminino na ONU

Meninas abordam educação e violência em evento anual feminino na ONU

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Temas serão destacados pelo grupo na 60ª sessão da Comissão sobre o Estatuto das Mulheres; CSW discute mais poder à mulher e nova global; Brasil preside sessão de duas semanas que arranca a 14 de março.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

As Nações Unidas acertam os pormenores para receber milhares de participantes na 60ª sessão da Comissão sobre o Estatuto das Mulheres, CSW. Este ano, as meninas vão destacar a educação e a violência no evento.

O Empoderamento da Mulher e a sua Ligação com o Desenvolvimento Sustentável é o tema principal da reunião de alto nível, que decorre entre 14 e 24 de março.

Reuniões

A moçambicana Timeika Mucambe ajuda na organização das reuniões para as mulheres jovens. Ela explicou à Rádio ONU, em Nova Iorque, as motivações por trás dos temas a serem discutidos pelo grupo.

"Na educação é o acesso igual entre rapazes e raparigas, as condições de infraestruturas das escolas para que as raparigas se sintam confortáveis de acordo com a situação em que cada uma delas se encontra no seu país. Temos raparigas vindas de África, da América e da Europa. São estas diferentes abordagens que nós pretendemos trazer para que juntos, nós as raparigas e a sociedade, consigamos ver meios para melhorar ou de eliminar certos fatores nocivos à rapariga".

Violência

Mucambe integra o Movimento Internacional de Mulheres, com a sigla Graal, que está representado em 17 países. Ela contou porque é preocupante o nível das agressões sofridas pelas jovens em todo o mundo.

"A violência não ocorre só com as mulheres. Em termos de violência podemos verificar a que ocorre no seio familiar, nas escolas, em namoros tem vindo a crescer além de casamentos prematuros. Temos também casos de mutilação genital feminina, que são alguns tópicos dentro da violência que pretendemos falar."

Há nove anos, a experiência do Graal com raparigas e comunidades é partilhada com representantes dos Estados-membros da ONU, com entidades da organização e com a sociedade civil de todo o mundo.

Em 2016, o Brasil lidera o CSW, que será realizado na sede das Nações Unidas.

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Timeika Mucambe defendeu busca de meios para melhorar ou eliminar fatores nocivos à rapariga.