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Com escalada da violência em Darfur, proteção dos civis precisa aumentar

Com escalada da violência em Darfur, proteção dos civis precisa aumentar

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Apelo é feito pelo especialista independente das Nações Unidas sobre a situação de direitos humanos no Sudão; Aristide Nononsi afirma que nas últimas duas semanas, dezenas de milheres de civis ficaram deslocados.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O especialista independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Sudão pede o fim imediato das hostilidades em Darfur. Segundo Aristide Nononsi, nas últimas duas semanas, dezenas de milhares de civis foram forçados a abandonar suas casas em Jebel Marra.

Uma nova escalada da violência está a atingir Darfur, o que, na avaliação do especialista, não é “certamente a maneira de resolver as dificuldades enfrentadas pelo Sudão”.

Acesso Humanitário

Nononsi apela a todos os lados em conflito para respeitarem os direitos humanos e garantirem acesso de ajuda humanitária a todos que necessitam, em todos os momentos. Outro pedido é em prol da proteção dos civis desarmados.

O relator lembra que o governo sudanês tem a responsabilidade de facilitar o acesso de agências humanitárias e da Missão da ONU em Darfur, Unamid, a todas as áreas afetadas pelo conflito.

Violações de Direitos

Os confrontos entre forças do governo e do Exército de Libertação do Sudão/Abdul Wahid, resultaram em violações dos direitos humanos e abusos. Na lista estão destruição da propriedade, deslocamento de civis e mortes.

De acordo com a Unamid, mais de 21,3 mil civis, a maioria mulheres e crianças, fugiram do estado de Darfur Norte em busca de refúgio nos acampamentos da Missão.

Paz

Outras 15 mil pessoas seguiram para Darfur Central. O número de deslocados internos após ataques em Mouli e vilarejos do oeste de Darfur chega a 5 mil civis. Ainda é desconhecido o total de pessoas que buscaram refúgio no Chade.

O especialista independente das Nações Unidas pede ao governo do Sudão para criar as condições que levem ao diálogo inclusivo, com a participação de todos os grupos armados da oposição. Segundo Nononsi, o objetivo deve ser o de alcançar a paz e a reconciliação no Sudão.

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O especialista independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos no Sudão, Aristide Nononsi. Foto: Unamid/Hamid Abdulsalam (arquivo)