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África Ocidental: ONU apoia resposta à febre de Lassa que matou mais de 100

África Ocidental: ONU apoia resposta à febre de Lassa que matou mais de 100

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OMS e Unicef anunciaram ações no Benim onde morreram 12; Nigéria  teve 101 casos fatais; infeção viral hemorrágica é transmitida por animais como aranhas e roedores; contaminação entre humanos ocorre através do contacto com doentes ou cadáveres.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Agências das Nações Unidas iniciaram imediatamente a resposta à epidemia da febre de Lassa no Benim. A doença já causou 12 mortos no país, onde foram registados 25 casos suspeitos.

Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa estão entre as nações com áreas endémicas, destacando-se entre eles a Nigéria, que até agora registou 175 casos e 101 mortos.

Fronteira

Foram confirmados 70 pacientes nos estados nigerianos de Níger e Oyo que fazem fronteira com o Benim, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, e o Fundo da ONU para a Infância, Unicef.

Com as autoridades beninenses, as agências adotaram um plano de resposta à epidemia que inclui unidades de quarentena. Nas áreas afetadas, os locais separam os casos suspeitos de outros pacientes.

O outro objetivo é limitar os riscos de exposição à infeção viral hemorrágica, que é transmitida por animais contaminados como aranhas e roedores. A outra via de infeção é o contacto com um paciente através de líquidos biológicos como sangue, urina, saliva, esperma, vómito e fezes.

Sintomas

O período de incubação do vírus no corpo humano varia entre seis a 21 dias. Os primeiros sintomas são febre, cansaço, náuseas, vómitos, diarreia, além de dores de cabeça, abdominais ou de garganta. O pescoço e face também podem inchar.

A ribavirina é o medicamento comum para tratar a febre de Lassa e pode ser mais eficaz quando tomada pelos pacientes logo após os primeiros sintomas. As autoridades aconselham a levar os doentes imediatamente ao centro de saúde.

Além de evitar contacto com os doentes ou com os cadáveres, as medidas preventivas incluem lavar regularmente as mãos, garantir que as reservas de alimentos e sobras são bem protegidas e evitar comer ou tocar em ratos.

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Foto: OMS/C. Jasso