Perspectiva Global Reportagens Humanas

Ocha fala do impacto de "cada dólar gasto" sobre carenciados na RD Congo

Ocha fala do impacto de "cada dólar gasto" sobre carenciados na RD Congo

Baixar

Mulheres compõem mais de metade dos congoleses vulneráveis; país tem cerca de 7,5 milhões de necessitados com destaque para o leste; foi lançado apelo de US$ 690 milhões para ajuda humanitária.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

O chefe do Escritório de Assistência Humanitária das ONU, Ocha, na República Democrática do Congo, RD Congo, disse esta terça-feira que "cada dólar gasto tem impacto positivo e salva vidas" no país.

Rein Paulsen falava no lançamento do apelo de US$ 690 milhões para o auxílio aos mais vulneráveis. Dos cerca de 7,5 milhões de carenciados, 6 milhões são prioritários para receber apoio por estarem em situação mais crítica.

Mulheres

O Plano de Ação Humanitária 2016 revelado em Kinshasa destaca a assistência ao leste, onde há maior limitação do acesso aos serviços de saúde, à comida e à água. Além da ONU, as ações vão envolver o governo e parceiros humanitários.

As mulheres representam 52% das pessoas que devem receber ajuda. Na sua maioria, as vítimas sofrem o impacto de anos de conflito e insegurança.

O Escritório sublinhou que apesar da importância de apoiar com água potável, saneamento, alimentação e acesso a serviços médicos básicos, deve ser garantida a proteção dos civis e assegurar que as crianças possam ir para a escola.

Ajuda Humanitária

O coordenador humanitário da ONU na RD Congo, Mamadou Diallo, disse que em muitas regiões os afetados pelos confrontos têm a ajuda humanitária como "a única tábua de salvação" para o acesso aos serviços básicos.

Para ele, sem esse apoio crítico a vida de milhares de pessoas estará em risco.

As agências humanitárias identificaram necessidades nas 26 províncias congolesas. Mas áreas do Kivu Norte, Kivu Sul e o distrito de Tanganyika contam com cerca de 2,5 milhões de pessoas que representam um terço dos carenciados.

As metas incluem melhorar as condições de vida dos necessitados, reduzir as taxas de mortalidade por doenças e garantir que as entregas das agências sejam da mais alta qualidade dos padrões humanitários.

Photo Credit
Mulheres compõem mais de metade dos congoleses vulneráveis. Foto: Ocha/N. Berger