Promover a competitividade pode aliviar a pobreza na África do Sul
Sugestão é do Banco Mundial, que fala em tempos de fraco crescimento e limitação dos recursos fiscais do país; para este ano, PIB sul-africano deve crescer apenas 0,8%.
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque.
O Banco Mundial divulgou um informe sobre a situação económica da África do Sul. O órgão cita tempos “de fraco crescimento e de recursos fiscais limitados”.
Neste cenário, o Banco Mundial sugere a promoção da competitividade doméstica como medida para acelerar o crescimento. A previsão é de que o Produto Interno Bruto, PIB, sul-africano suba apenas 0,8% neste ano.
Taxas
Em 2015, o crescimento foi de 1,3%, a menor taxa desde 2009. Factores externos e internos contribuíram, como menores preços das matérias-primas; menor demanda da China e aumento das taxas de juros dos Estados Unidos.
O Banco Mundial prevê que a economia da África do Sul fique abaixo da média de crescimento da África Subsaariana, que é de 4,5% para 2016-2017. Com isso, devem subir os índices de pobreza.
Metas
Segundo o órgão, pode ser difícil atingir as metas nacionais de erradicar a extrema pobreza, reduzir o desemprego e dobrar as fontes de renda da população até 2030.
O diretor para a África do Sul do Banco Mundial declarou serem necessárias ações políticas para mudar os rumos da economia do país. Guang Zhe Chen sugere mais investimentos em infraestrutura, medidas que ampliem a flexibilidade dos mercados, aumento nos padrões educacionais e promoção da competitividade.
Numa simulação feita pelo Banco Mundial, se África do Sul reduzisse sua restrição regulatória de serviços profissionais, o valor adicional de indústrias que utilizam o serviço desses profissionais poderia subir até US$ 1,6 mil milhão.