Acnur e Ocde pedem maior integração das políticas em favor dos refugiados
Agências querem que os países da Europa aumentem esforços para que refugiados e migrantes possam contribuir com as sociedades e economias do continente.
Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Acnur, e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, Ocde, querem que os países europeus implementem mais políticas em favor dos refugiados.
Em comunicado conjunto, os dois órgãos pediram a todas as nações da região que aumentem os esforços não só de integração mas também para que os migrantes e refugiados possam contribuir de forma positiva para as sociedades e economias da Europa.
Mediterrâneo
Em 2015, mais de 1 milhão de pessoas atravessaram o Mar Mediterrâneo em busca de proteção internacional no continente europeu. No total, mais de 1,5 milhão pediram asilo nos países da Ocde no ano passado.
Isto representa quase o dobro dos pedidos feitos em 2014 e um recorde até agora.
Ao mesmo tempo, as pessoas que pedem asilo representam apenas 0,1% de toda a população da Ocde, e menos de 0,3% dos habitantes da União Europeia.
Mão Dupla
Segundo o comunicado, não é apenas um “imperativo moral” mas um claro “incentivo econômico” ajudar milhões de refugiados a desenvolver novas aptidões para que possam trabalhar de forma produtiva e segura.
O chefe do Acnur, Filippo Grandi, disse que a “integração é um processo dinâmico de mão dupla que exige um esforço considerável do indivíduo e da sociedade”.
Já o secretário-geral da Ocde, Angel Gurría, afirmou que “longe de um problema, os refugiados podem e devem ser parte da solução para muitos dos desafios que as sociedades europeias confrontam”.
Segundo Gurría, “os refugiados trazem a esperança de uma vida e de um futuro melhor para seus filhos e de todas as outras pessoas”.
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