OIM chama atenção para a redução de mortos da região devido ao uso pelos contrabandistas de barcos mais resistentes e com melhores condições; em relação a 2014, mais 850 mil pessoas partiram de cinco países para o Iémen.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

Países como Djibuti, Etiópia, Eritreia, Somália e Sudão registaram um "aumento acentuado na migração irregular por terra e mar" em 2015, em comparação com o ano anterior.

A Organização Internacional para Migrações, OIM,  relatou que o número de migrantes irregulares que partiu do grupo de nações do Corno de África para o Iémen subiu para 92.466. São cerca de 850 mil a mais em relação a 2014.

Corno de África

O aumento é considerado surpreendente devido ao conflito iniciado em abril, que continuou pelo resto do ano no país árabe. Os "confrontos aparentemente não dissuadiram os migrantes do Corno de África" de seguir para o território iemenita.

A soma de migrantes que chegaram da região para o Iémen e do país ao Corno de África foi de 164 mil pessoas em movimento em 2015.

Para o número, que a OIM considera sem precedentes, destaca-se uma redução de 61% nos migrantes que morreram no mar. Pelo menos 246 cidadãos do Corno de África perderam a vida em 2014 e outros 95 no ano passado.

Migração

O coordenador do Projeto Regional da OIM declarou que essa redução pode ser atribuída à "demanda significativamente maior da migração irregular por barco através do Mar Vermelho e do Golfo de Áden" que foi observada em 2015.

Craig Murphy disse que tal aumento nos dois sentidos levou os comerciantes de mercadorias a mudar de atividade para o contrabando de migrantes, com o uso de barcos mais resistentes e com melhores condições para navegar.

A agência citou ainda a morte de 36 migrantes no Golfo de Áden na primeira semana de 2016.

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