Medida foi adotada por unanimidade esta segunda-feira; observadores vão monitorar acordo de paz entre o país latino-americano e as Farc.

Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.

O Conselho de Segurança adotou uma resolução que estabelece uma missão política na Colômbia ao aprovar uma equipe de observadores internacionais para monitorar o acordo de desarmamento entre o governo do país e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo, Farc-EP.

A resolução foi aprovada por unanimidade, como disse o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, que presidiu a sessão.

Pedido Conjunto

O Conselho decidiu criar a missão política por 12 meses, para “monitorar e verificar o cessar-fogo bilateral definitivo, o fim das hostilidades e o desarmamento”.

O órgão agiu apenas dias após o pedido conjunto dos dois lados em conflito para que a ONU considerasse tal medida.

Acordo Final

Através da resolução, o Conselho decidiu que a missão será composta de observadores internacionais desarmados e será parte de um mecanismo que vai monitorar e verificar o cessar-fogo bilateral definitivo, de acordo com o desejo das partes envolvidas.

As atividades serão iniciadas após a assinatura do Acordo de Paz Final entre o governo da Colômbia e as Farc-EP.

Negociações

Os rebeldes do grupo e o governo colombiano estão em negociações buscando o fim do conflito de 51 anos, o mais longo da América Latina, que já fez quase 250 mil vítimas.

As conversas começaram em Havana, Cuba, em 2012 e os negociadores chegaram a um acordo sobre assuntos importantes como participação política, direitos à terra, drogas ilícitas e direitos das vítimas, entre outras questões.

Caminho para Paz

Durante os debates de alto nível na Assembleia Geral da ONU, em setembro do ano passado, o presidente colombiano Juan Manuel Santos afirmou que o país estava “no caminho para a paz”.

Ele também anunciou que 23 de março seria o prazo para a assinatura de um acordo final.

A resolução adotada nesta segunda-feira pelo Conselho de Segurança solicita ao secretário-geral da ONU que apresente suas recomendações sobre o tamanho e as operações da Missão.

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